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Isabel Lepoldina
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A princesa Isabel foi a princesa que assinou a lei Áurea e aboliu a escravidão

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Isabel do Brasil (Isabel Leopoldina de Bragança e Bourbon, a Princesa Isabel) ficou conhecida como ‘redentora dos escravos’, mas deveria acumular outro título: o de primeira (e única) mulher a administrar o Brasil. Na luta pela libertação dos escravos pode-se afirmar que a participação da Princesa Isabel, não só acompanhando os passos do pai, o Imperador D. Pedro II, que foi um entusiasmado pela questão escravagista.

Após a aprovação da lei de Matoso Câmara em 1850, que extinguia o tráfico, Silva Guimarães propõe a liberdade dos nascituros, porém esta lei após vários projetos e muitos anos depois, é apresentada pelo barão do Rio Branco, cinco meses após ser nomeado presidente do Conselho, à Princesa Isabel, que era então regente do trono, enquanto D. Pedro II viajava pela Europa. A princesa sanciona a lei, conhecida como lei do ventre livre, que libertou todos os filhos de escravos que nascessem a partir daquela data (28/09/1871). Depois de um início conturbado, a lei passou a ser aceita, sobrevindo tempos mais tranquilos, aparentemente, porque a abolição continuava fermentando e contava com o apoio do Imperador. Em 1888 novamente viaja o Imperador e no poder estava o barão de Cotegipe, que não era favorável à extinção do escravismo, tanto que diz à princesa que se caso ela realizasse a abolição, lhe restaria a barra, ou seja, partir em um navio, deixando o país.

Apesar das consequências seríssimas que causou, a Princesa, cognominada Redentora, assina o decreto que acaba com o cativeiro no Brasil. A lei, chamada Lei Áurea, tem o número 3.353, e está assinada pelo ministro da Agricultura, Rodrigo Augusto da Silva.  É a seguinte a sua redação:

“Art. 1º. – É declarada extinta, desde a data desta lei, a escravidão no Brasil.
Art. 2º.  -  Revogam-se as disposições em contrário.".

O papa Leão XIII confere à Princesa a condecoração Rosa de Ouro.

Em sua vida pessoal, a princesa casou-se com o homem por quem se enamorou, o conde d’Eu, o francês Gastão d’Orleans, a quem o povo brasileiro julgava avarento, intrigante, ambicioso, a quem acusavam ainda de desprezar o Brasil por pouco valor mental e militar. Essa animosidade pode ter sido injusta, porém foi aproveitada na época pelos republicanos que desbarataram todas as oportunidades da Princesa Imperial vir a ser Imperatriz: “Os brasileiros não querem um rei francês!”

Além disso, a educação dentro de um regime patriarcal fez com que os estadistas, assim educados e acostumados, viam-se diante do impasse de ter que obedecer a uma mulher, que, segundo pensavam, seria incapaz de resolver certos problemas delicados seja por intransigência em questões de grande valor, ou transigência em outros casos.

Com a República, a Princesa Isabel exilou-se na Europa onde faleceu em 1921.

Um excerto do Instituto Histórico de Petrópolis explica um pouco mais da luta da princesa:

Âncora 1
Âncora 2

Isabel era baixa, tinha olhos azuis, cabelo loiro, era um pouco acima do peso e não tinha sobrancelhas. Seu pai procurou um marido para ela e Leopoldina entre as casas reais francesas, inicialmente considerando o príncipe Pedro, Duque de Penthièvre e filho de Francisco, Príncipe de Joinville. A mãe dele era a princesa D. Francisca, irmã do imperador. Entretanto, o duque não estava interessado e recusou. Ao invés disso, Francisco sugeriu seus sobrinhos os príncipes Gastão, Conde d'Eu, e Luís Augusto de Saxe-Coburgo-Gota como escolhas adequadas para as duas princesas. Os dois homens viajaram para o Brasil em agosto de 1864 a fim que os quatro pudessem se conhecer antes de qualquer acordo final ser acertado. Isabel e Leopoldina só foram informadas quando Gastão e Luís Augusto já estavam a caminho. Os dois chegaram no começo de setembro e Gastão descreveu as duas princesas como "feias", porém achou que Isabel era menos do que Leopoldina. Por sua vez, Isabel em suas próprias palavras "[começou] a sentir um terno amor" pelo conde. Gastão e Isabel e Luís Augusto e Leopoldina, ficaram noivos em 18 de setembro.

Gastão e Isabel se casaram em 15 de outubro na Capela Imperial do Rio de Janeiro por D. Romualdo Antônio de Seixas, o Arcebispo da Bahia. Apesar do príncipe ter encorajado sua esposa a ler bastante, enquanto o imperador a levou para algumas visitas e compromissos oficiais, sua perspectiva permaneceu de estreita domesticidade. Ela levava uma vida típica das mulheres aristocráticas de sua época. Isabel e Gastão viajaram pela Europa durante os primeiros seis meses de 1865. Os dois viajaram como civis já que o Brasil tinha quebrado relações diplomáticas com o Reino Unido e os parentes do príncipe tinham sido depostos na França, encontrando-se com a rainha Vitória do Reino Unido como visitas pessoais e não como convidados de estado oficiais. Gastão acabou convocado por Pedro para lutar na Guerra do Paraguai pouco depois do casal retornar ao Brasil, deixando Isabel sozinha no Rio de Janeiro.

Gastão e Isabel novamente viajaram pela Europa após o fim da guerra em 1870. Eles estavam em VienaÁustria-Hungria, no começo de 1871 quando Leopoldina adoeceu e morreu em CoburgoSaxe-Coburgo-Gota, deixando Isabel como a única filha ainda viva de seus pais.[

Âncora 3

Uma das mulheres de destaque na história do Brasil, a princesa Isabel morreu no dia 14 de novembro de 1921, durante seu exílio na Europa. Conhecida pela sua luta pelo fim da escravidão no Brasil, ela decretou, no dia 13 de maio de 1888, por meio da Lei Áurea, o fim do trabalho escravo no país. Milhões de escravos foram libertados após mais de três séculos de uso desse tipo de mão de obra. Por ter acabado com a escravidão no Brasil , que atingiu 12 milhões de africanos, o papa João XIII ofereceu à princesa a comenda da Rosa de Ouro. Anos antes, ela já tinha sancionado a Lei do Ventre Livre, no dia 28 de setembro de 1871, que consistiu no passo para a extinção da escravidão. Por esta lei, todos os filhos de escravos nasciam livres. A princesa Isabel foi regente do Império em três ocasiões, sempre durante viagens do imperador Dom Pedro 2º para a Europa. Fato raro na época, a princesa Isabel só teve o seu primeiro filho, Pedro de Alcântara, 11 anos após seu casamento, em 1864, com Gastão de Orléans, o conde d Eu. Depois, nasceram outros dois filhos: Luiz Maria Felipe e Antônio Gusmão Francisco. Com a proclamação da República, em 1889, a família real deixou o Brasil para se exilar na Europa. A princesa Isabel viveu os seus últimos dias em Paris, com grandes dificuldades de locomoção no final de sua vida. Um curiosidade é o tamanho do seu nome completo: Isabel Cristina Leopoldina Augusta Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bragança e Bourbon d Orléans. A princesa nasceu no dia 29 de julho de 1846, no Rio de Janeiro.

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